quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O que será o amanhã?

"Esse ano será de (mais) lutas e conquistas. De assumir e reassumir compromissos. De se descobrir ainda mais bonita e mulher. Que esse ano novo seja tão emocionante quanto o velho, mas ainda mais vitorioso..." - Extraído de comentário da Retrospectiva de 2008.

Eu não quero que 2010 seja completamente diferente do que foi esse ano, é lógico que tenho resoluções e planos para o ano que começará amanhã. Mas não quero que as coisas mudem ou sejam mais fáceis, porque em 2009 muito aconteceu e, admito, nada foi fácil.
Em primeiro lugar, eu não sou uma pessoa fácil e, vez em quando, tenho a tendência de comprar brigas desnecessárias, quero parecer muito mais madura do que de fato sou, ou, ainda, tenho o péssimo hábito de ser uma menina mimada e teimosa. Ou seja, sou um eterno paradoxo, iniciante na vida e nem sempre da minha opinião. Mas, acredito, o mais importante e interessante disso tudo é que mesmo tendo altos e baixos e tendo que ser tão madura-menina, tão inquieta-tensa, intensa-terna é saber agradecer a Deus por tudo o que sou, por tudo o que Ele me deu e por cada pessoa mais do que especial que Ele coloca no meu caminho.

2009 foi um ano de vitórias, de bênçãos e promessas que se cumpriram. Cresci como mulher, profissional, fiz novos planos para minha carreira, abri mão de muitos, retomei outros projetos. Aprendi que família é quem escolhemos para viver e lembrei que a própria Palavra diz: "há amigos mais chegados que irmãos". Não é o que corre no sangue que é o mais importante, são as escolhas, os abraços, o que compartilhamos na alma. Eu me tornei a Sra. Martinez, mas sem abrir mão de ser: intensa, bagunceira, festeira, amiga, guerreira (como minha mãe), mulher que não abre mão do que quer e que crê em Deus acima de todas as outras coisas. Sem esquecer, paradoxo que sou, do meu outro lado: séria (como meu pai), fechada, um tanto teimosa, responsável, tímida e que diariamente mostra que não está aqui ou acolá por causa de um nome ou sobrenome e sim porque Deus está do meu lado.

Um ótimo 2010 para todos!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eu te amo, porque te amo.



Apesar de...
Com tudo que...
Pelo o que...
Te amo como...
Te amo tanto...
Porque amor não se explica...
E eu te amo, e só.

PS: Post apaixonado para aquecer o dia.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Do tempo...

Porque ela já estava cansada das mesmas coisas de sempre e, sejamos honestos, rotinas nem sempre são agradáveis. Até que o algo novo que ela precisava chegou. Cheio de promessas (como todas as coisas novas e aparentemente boas são) para completar seus sonhos. Sendo assim, ela resolveu se lançar de cabeça, mas sempre com um pouquinho de pé atrás. A desconfiança (nos outros, não em si ou Deus) era uma característica sua, mas dessa vez tudo até parecia que seria diferente. Mas não foi.Só que depois de tal decepção, algo a tranqüilizaria: a Esperança. Esperança e fé que, pouquinho a pouquinho, cresciam em seu coração. O que havia acontecido não era mais uma tristeza ou uma lágrima. E sim algo que a fortaleceria, porque ela não é fraca no dia da angústia e por isso a força dela é gigantesca. Hoje, esperançosa e cheia de fé, ela admite que o melhor para ela virá com o tempo. Porque o tempo, afinal, não é dela. E sim de alguém Maior, que a conhece desde pequena e a guarda desde sempre. O sorriso dela renasce. E ela sente algo melhor virá. E quando isso acontecer, ela preparada vai estar.


***


"Eu vou Viver uma virada / Em minha vida, eu creio / Eu vou viver uma virada / O que eu achava estar perdido / E tinha desistido de sonhar / Meu Deus já decretou este é o meu dia / Minha virada festejar..."


***


Originalmente postado aqui, para alegrar o sorriso da Pri...
Dona Crema amou o texto e indicou para uma loira russa...
E foi com esse texto que "conquistei" a Srta. Conovalow...
Numa dessas voltas doidas que o mundo dá.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Antigo, e-terno eu.

"E se eu fosse o primeiro a voltar
pra mudar o que eu fiz,
quem então agora eu seria?"

"Lendo antigos cadernos descobri que antigamente não era somente eterna. Antigamente tinha mais sonhos, mais cores, mais desejos e anseios que hoje não fazem tanto sentido assim. Não que antigamente eu fosse melhor ou maior do que sou hoje. É que antigamente eu ia no Evolution do Playcenter sem o mínimo medo de cair, é que antes eu queria ser jogadora de futebol e pedi um uniforme do São Paulo aos 11 anos, é que há anos eu comia brigadeiro com kani, antes eu ia no cinema uma vez por semana e me enchia de mate, pão de queijo, milkshake de ovomaltine; é que antigamente eu tinha o privilégio de passar horas sem fim lendo vários livros ao mesmo tempo na Siciliano, é que antes, também, eu era apenas uma garota que queria algo.
Hoje eu continuo sendo eterna. Eu não tenho mais muitos sonhos. Tenho desejos realizados e sonhos que logo se tornarão realidade. Tenho cores ainda, mas hoje não são apenas cores frias e óbvias, são cores quentes e cheias de nuances. Hoje eu não vou mais no Evolution, tenho medo mesmo. Qual é a graça de ficar de ponta cabeça em um brinquedo que me dá a nítida sensação de que vou cair daquela cadeira que praticamente não me segura? Mas não fiquei tão careta assim. Hoje eu pulo do SkyCoaster e até puxo a cordinha, aprendi que não há nada melhor do que a sensação de que posso voar. Descobri que não corro o suficiente e que se eu antes acertava um golaço de cabeça ou cobrava um super escanteio, não era porque era boa jogadora, era sorte mesmo. Por isso continuo sendo tricolor, mas não quero mais ser a jogadora da seleção feminina de futebol. Hoje me contento em assistir no Morumbi ou em casa mesmo as partidas do verdadeiro timão aqui de São Paulo. Hoje eu não faço mais as misturas gastronômicas de outrora, mas isso não me faz desistir de enfrentar um prato de feijoada ou dobradinha em qualquer horário do dia ou da noite.
Já faz um bom tempo que não vou ao cinema e fico triste com isso, mas, ao mesmo tempo, isso quer dizer que não sou mais a menina de 16 anos que não trabalhava e não tinha muitas obrigações, hoje sou a (ainda) menina (um pouco mais madura) de 21 anos que trabalha muito e que aprende diariamente nessa profissão louca que escolheu. Hoje, infelizmente, eu não passo horas na Siciliano ou em qualquer outra biblioteca, mas levo na bagagem cada linha que li naqueles bons e velhos livros.
Numa contradição louca e maravilhosa da vida, hoje continuo sendo uma garota que quer algo. Mas não qualquer coisa. Eu quero um caminho bonito. Eu quero que pessoas especiais andem comigo nesse caminho bonito. Eu quero que esse caminho bonito com pessoas especiais seja minha vida. Eu quero minha vida mais simples e, ao mesmo tempo, incrivelmente maravilhosa. Por essas e outras é que não mudaria uma vírgula da minha história. Ela está só começando..."

***

Texto postado originalmente aqui.

Os comentários postados lá, me deixaram tão, tão feliz.

***

PS: Na época, eu tinha 21 anos e logo, logo completo 23 anos. É que o mundo dá voltas... e eu gosto disso!

sábado, 12 de setembro de 2009

Alívio

Sabe quando a gente tem aquela certeza de que, enfim, pode sim ser feliz sem ter medo? Sabe quando você começa ter a sensação de borboletas no estômago? Sabe quando nada mais parece que pode abalar uma estrutura? De tão bem firmada e construída que ela está?
Pois bem, é assim que me sinto nos últimos dias. E, paradoxalmente, me sinto assim bem depois de tantos trovões, turbilhões e montanhas-russas de sentimentos, depois de choros e gritos bobos. Acho que é como o sol que nasce no horizonte depois de um dia de chuva, formando um belíssimo arco-íris. Acho mesmo é que, aos poucos, consigo colocar em prática tudo aquilo que aprendi e ouvi durante anos... O que não me mata, me fortalece e que quanto maior a luta maior será a vitória, afinal depois da tempestade sempre vem a calmaria.
Um alívio é o que sinto.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Das fantasias...


Porque quando o mundo real deixa de dar motivos mil para inspirações, é a hora dos sonhos entrarem em ação. Hora da arte e daquilo que não é palpável tomar conta do coração e da alma. E, sejamos sinceros, às vezes o que não tocamos, o que não vemos, aquilo que, enfim, não é assim tão claro aos olhos naturais, é muito mais interessante do que está na nossa frente.

(Mundo de margaridas, girassóis, gérberas, cores...
Sonhos: de guardar dentro do travesseiro, da padaria, de valsa...)

***

Sim, estou TemPeraMental.

sábado, 11 de julho de 2009

Do que realmente importa.

"O que eu preciso o mundo não pode dar
O que eu preciso a prata não vai comprar
O que eu preciso os homens não podem dar
O que eu preciso é habitar Contigo, oh Deus!"

Porque, vez em quando, é bom parar e pensar naquilo que realmente importa.

***

Dica de leitura: "Uma vida com propósitos"
*Já leu? Tem medo do título? Clica lá!
**Todo dia, um texto meu e outro da Talita Ribeiro.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Azul.


Quero um mundo mais azul
Um céu, um sol, um tom
Quero ser e estar
Mesmo não sendo e estando
Não tendo
Sonho...

***

sábado, 23 de maio de 2009

Velha moça...



E se eu fosse a primeira a voltar...

Pra mudar o que eu fiz...

Quem então agora eu seria?

Tanto faz.

Vou levando assim. O acaso é amigo do meu coração.

O que eu sou, também é que escolhi ser.

Porque a vida é feita de escolhas, fiz as minhas...

Aceito a condição de felicidade que estabeleci comigo.

Eu (não) preciso de todo o cuidado... ;)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Dos seis meses...

Não concorde comigo, amor. Não precisa concordar. Apenas seja você, lembra do que você sempre me fala? 'Tem que ser verdadeiro, não adianta ser uma coisa que não é, tem que falar a verdade, mesmo que seja difícil'. Porque juntos somos muito. Eu e você, desse nosso jeitinho bobo, somos grandes, meu caro. Eu e você, com nossas cores e maneiras distintas, nos completamos. Hoje não quero falar de como tudo começou, hoje não quero as mesmas palavras de sempre. Hoje, amor meu, só quero te lembrar que contigo vou até o fim...
(Prova disso é te aturar e amar por seis belíssimos meses dividindo cama/mesa/banho...)

Te quiero.

Sara,

***
Crédito da foto: Marco Gomes

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Daquilo que não é dito...



O não dito,
quando se é devidamente
sentido e compartilhado com o outro,
é muito mais sincero e belo...
O não dito é gravado num frame, num segundo,
num momento e-terno.
O não dito é. Mesmo não sendo.
(Sara F.C. Martinez - ou eu, eu mesma e a poeta em mim - inspirada num clique de @marcogomes na viagem que fez com @talitaribeiro)

***

"Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples"
(Manoel Bandeira)

***

PS: E não, o vídeo não tem muito a ver com o texto.
(Quer dizer... será?)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Te quiero...


"Buenos dias! Dios te bendiga siempre!
Te quiero!

PS: Porque nosso amor supera fronteiras e barreiras diariamente!"


Ele acordou com essa mensagem. Provavelmente, num toque muito bizarro que ele adora colocar no celular. Quer dizer... Ele acordou mesmo foi com uma ligação dela bem cedo. Ele está longe, muito longe e, como sempre, o hábito deles se falarem de manhã não muda! Aí depois do ligeiro diálogo matutino, ela escreve essa mensagem e manda para ele... Ele, de lá, provavelmente, sorri e rapidamente responde: "Bom dia, linda! Te amo muitão. Para sempre, meu amor". Ela sorri, vira o corpo para o lado da cama onde ele sempre dorme, aperta o travesseiro bem apertado e pensa em tudo que eles são juntos fisicamente e juntos no coração, porque não precisam estar todosantodia um do lado do outro, para lembrarem que, de fato, sempre estaram lado ao lado. Essa é grande diferença. E é essa sacada que muda tudo no começo/final do dia e da vida...

***

Na foto: A estrada que vai além... sempre.
Santa Catarina... por ele.

sábado, 25 de abril de 2009

Que livro você é?



"O primeiro amor passou
O segundo amor passou
O terceiro amor passou
Mas o coração continua".

Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

E você, que livro é?

*Teste indicado pela Mirian Martin, escritora, blogueira, esposa de André Martin, mãe de Artur e Davi... Para conferir, os textos dela, entre no Caldeirão...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Do catavento, do girassol, das diferenças...


"Meu catavento tem dentro
O que há do lado de fora do teu girassol
Entre o escancaro e o contido
Eu te pedi sustenido
E você riu bemol

... Eu tenho um jeito arredio
E você é expansiva
(o inseto e a flor)
Um torce pra Mia Farrow
O outro é Woody Allen...

... Eu sinto muita saudade
Você é contemporânea
Eu penso em tudo quanto faço
Você é tão espontânea!
Sei que um depende do outro
Só pra ser diferente
Pra se completar..."
(Guinga e Aldir Blanc)

***

As diferenças nos fazem melhores, mais completos, mais estranhos, mais perplexos, complexos. Mais humanos, menos perfeitos... deixa desatar em nós... tudo o que será que será de nós, no final, afinal...!

***

Crédito da foto: Thiago Fraga

terça-feira, 21 de abril de 2009

Minha dor, minha delícia... um perfil.


Por isso é que eu erro quando tento acertar
E acerto (bem) no alvo quando menos espero
É desse jeito que eu levo a vida
Com o meu sorriso, olhar perdido
E modos desastrados
Por isso que eu me divirto com "jogo da velha"
E acho difícil os jogos de computador
Dessa forma eu levo a vida
Sem ter, até hoje, conseguido terminar "O Mundo de Sofia"
Lendo 1.587 livros ao mesmo tempo
E no final confundo as personagens
Criando, assim, a minha história
Faço Frodo encontrar Winstom Smith
E Bernard Marx ser amigo de Olga Benário
Ouvindo trechos de músicas
E misturando as melodias
De Aretha Franklin a Caetano Veloso
De Los Hermanos a Christina Aguilera
Por isso tudo e mais um tanto de coisas
É que sou assim
Do meu jeito
Afinal, só eu sei
Qual a dor e a delícia de ser assim...

PS: Na foto, eu e as doidas de vida minha.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Carta...



"... você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse preso num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço..."

(Caio F. de Abreu -"Para uma avenca Partindo")

Porque quem conhece nossa história sabe que não imaginávamos ser assim... Tão perfeitos um para o outro, mesmo sabendo que perfeição não existe. Ele era diferente de TUDO e TODOS. E coisas diferentes assustam. São estranhamente perfeitas em sua sintonia do amor. Por isso é que digo: somos e estamos. Até quando... agora... sempre.

E mais:
Há vinte três anos, ele nascia com seus cabelos loiros, olhos verdes, bochechas rosadas.
Há três anos e três meses ele começou a trabalhar no mesmo lugar que eu. Nossos planos, sonhos e pessoas eram bem diferentes.
Há três anos, eu entrei naquele switcher frio e entreguei um presente para ele.
Há cinco meses e um dia... nos tornamos oficialmente, perante a lei de Deus e a lei dos homens, marido e mulher.
Há cinco segundos meu coração bate forte por ele... de saudade e com muita vontade de dar um super beijo nele e de mostrar o quanto eu o amo... mas, bom, ele sabe o quanto o amo. E eu gosto de lembrá-lo disso sempre.

Parabéns, menino!
Amo-te. Te quero sempre do meu lado, te admiro por tudo o que você é e tudo que já conquistou... sei que DEUS é por ti e por mim e Ele sempre nos abençoará. Lembre-se da canção:

"Eu guardo Tua promessa em minha vida
Como será quando ela chegar?
Estou a cada dia confiante!
Corro num estádio pra alcançar o prêmio em minhas mãos!
Como José que aguentou ser humilhado pelos seus irmãos.
Assim como Josué que deteve até a lua no Vale de Aijalom.
O que me faz vencer é saber que os TEUS planos eu posso viver!"

(Pr. Rafael Araújo)

Você é minha aliança. TODAS as promessas do nosso Paizão vamos viver.

Beijos em você... te cuido.

Sua,

Sara

segunda-feira, 13 de abril de 2009

pela janela
do quarto
a alma
se mostra

a mostra
do que será
de nós dois
está lá

no sol
nos sonhos
um brilho
desejos

somos
estamos
seremos
um

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Das ligações (ou Das dúvidas em mim)...

meu mais novo di-lema
me enfrentar diariamente
intuitiva-mente
ser, estar, permanecer
ficar, continuar, tornar-se
minhas ligações
tantas ins-pirações
abs-trair o que já fui?
ocultar o que não fui?
me prender, me perder
ouvir, ou-vir, ou ir?

quinta-feira, 26 de março de 2009

Efeito Borboleta

Aí você pára e pensa: será mesmo que gostaria de mudar alguma coisa? Tirar uma linha dessa história doida, doída, sentida, sem sentido? Será que se, realmente, você pudesse mudar alguns fatos, desfazer algumas coisas, você faria? Será que um simples ato que tivesse sido cometido de outra maneira, mudaria a ordem e a dor dos fatos de hoje?
Será que você trocaria tudo o que é por aquilo que gostaria de ser? Não, não é?

Quando a gente é pequeno, a gente teima em idealizar (mesmo que nem conheça essa palavra direito) a família perfeita. Você pega todos os defeitos da mãe, do pai, dos irmãos, dos tios e primos e simplesmente sonha que se você pudesse re-criar um novo cenário e enredo para a sua vida, você jogaria todos esses defeitos fora e viveria, por exemplo, numa casa onde todos torcem para o mesmo time, onde você pode tomar coca e comer chocolate o tempo que quiser, onde você possa não brigar com aquela sua prima que teima em usar o vestido igual ao seu na virada do ano novo e depois inventa que você falou mal dela e por aí vai. Você sonha com um lugar perfeito. Sem altos ou baixos, apenas uma trilha reta, sem voltas, curvas ou obstáculos.
Mas, no fundo, você sabe que isso é impossível. Então, você torce para que quando você crescer, você encontre algo perfeito. Que você aprenda a viver perfeitamente e que não repita os erros cometidos no passado.

Aí você cresce. Você vive tudo novo, de novo. E nada é aquilo que você sonha, nada é aquilo que você espera. É tudo muito mais. Muito mais intenso, muito mais sincero, muito mais real, muito mais bonito até, muito mais feio e podre também, muito mais tanta coisa que você já nem consegue entender.
Você estuda, dá o melhor de si para ser uma boa pessoa, começa a conhecer novas pessoas, viaja para lugares bonitos, vive intensamente cada dia.

Depois de muito tempo (ou nem tanto assim) você lembra de todos os sonhos que você tinha, de toda a família que você sempre idealizou e daquela que você realmente teve. Lembra que todos os momentos que passou com sua mãe são fantásticos e que quando você tiver uma filha quer dar o nome cheio de graça para ela e deseja que ela seja aquela que traga felicidade, assim como você foi a princesa que um dia nasceu e brilhou na vida de um casal apaixonado. Lembra que, juntamente com seu irmão chato, você construiu castelos de caixinhas de perfumes e cabanas e palácios de cobertas, edredons e afins. Lembra que com a irmã de cabelos cacheados lindos, você brincou de contar estrelas, você arrumou mil apetrechos para enfeitar as madeixas e por aí vai. Lembra que, depois de um tempão, Deus deu a oportunidade de vocês escolherem aquele que seria um mega-ultra-super irmãozinho do coração. Depois de todas essas memórias e outras tantas... Você vê que, com certeza, a família real e cheia de defeitos é bem melhor do que a ideal.

Quando você cresce o bastante para poder querer construir uma nova família (aquela que será ‘sua’, que você construirá junto com alguém que escolheu para amar). Junto com aquele menino bonito que você escolheu e deixou-se ser escolhida para amar, vem uma bagagem muito importante. Vem um sorriso bonito no cantinho da boca e mais diversas coisas bobas e sérias: palavras sussurradas ao pé do ouvido, conversas por horas na madrugada, declarações e confissões de tudo (ou quase tudo) que ele já foi e fez nessa vida, lembranças de um passado sentido. Ele conta para você todas as coisas verdadeiramente marcantes da vida dele.

Ele sempre foi o preferidinho da avó que preparava para ele miojo, hambúrguer, bolinho de chuva e arroz à grega. Ele lembra das saídas fantásticas que fazia com o pai pelas ruas da cidade de São Paulo e na voz dele, você percebe uma certa nostalgia, um clima de saudade daquilo que um dia ele foi e uma vontade enorme de constituir uma família bendida. Ele te conta que não parece quase nada com a mãe, pelo menos não fisicamente, mas que ele a admira com toda a força que tem e não entende o porquê de tanta coisa que aconteceu, mas o coração dele é bom e ele ama a mãe incondicionalmente e que ele quer ter um pouco da garra que ela tem um dia, aliás ele se acha bem parecido com ela nesse aspecto. Ele fala da irmã linda, com personalidade forte tanto quanto a dele, mas, ao mesmo tempo bem diferente dele, mas, ainda assim, muito especial e amada e mãe de duas crianças fantásticas. Um menino sapeca demais que, sim, precisa de uns puxõezinhos de orelha, vez em quando e quase sempre, mas dono de uma inteligência fantástica; uma menininha danada, moleca, levada da breca, com um nome forte, com lábios carnudos, com cabelos lisos e cachichos nas pontas, com sorriso gostoso e cheirinho delicioso.
Ele lembra, com uma emoção enorme, daquele dia na torre... A vez em que abraçou com tanta força e aliviou o choro daquela que é não é irmã de sangue dele, mas que ele considera muito chegada e quase como uma irmã por opção mesmo.
Ele conta as histórias com um quê de realismo fantástico do avô que já quase matou patrão com a peixeira e por aí vai...

Lembra e compartilha com você esses momentos vividos num quintal mágico e cheio de fantasias mas, ao mesmo tempo, muito sério e sincero, sentido e real... Um quintal que hoje já não mais abriga os sonhos e tantas coisas bonitas do passado, mas que ele ainda acredita que será um palco para as outras mil gerações. Você já se sente parte dele, literalmente. Ele conta para você os detalhes da trajetória confusa e complexa que seguiu até hoje e que, inevitavelmente, você começa a admirar e tentar entender, mesmo que seja muito, mas muito difícil. Mas aí você lembra que entender é muito pequeno e que não vale a pena perder o encanto de certas coisas, mesmo que isso pareça fantasioso demais.

terça-feira, 17 de março de 2009

O que será que será?

Um lado Amélie...



Para tocar...

Um certo Amor...



Tão Sentimental...



Fui?

Sou?

Serei?

PS: Entre links, suspiros, linhas e palavras... eu vou. E a falta de tempo e a sobra de falta nesses nossos dias, me faz perder um pouco a inspiração.

PSII: Enquanto eu vivo de lembrar quem fui, sou e serei. Meu amigo-irmão-padrinho Carlos, enfim, lembra o dom fantástico que Deus o deu e nos presenteia com um belo texto! Vai garoto... ;)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dos pequenos atos...

O sonho dela sempre foi ter o tal buldogue, aquele que ela daria o nome Rocco ou, se fosse uma 'menina', ela daria o nome de Nikita. Mas Rocco era mesmo o cachorro dos seus sonhos.
Por motivos simples e outros complicados, ela nunca pôde ter aquele sonho realizado, mas o seu garoto (aquele que vocês já conhecem, aquele dos olhos verdes lindos e presença constante nos sonhos, frases e embalos da garota) não a deixaria se decepcionar, ele nunca a deixava na mão. E por mais que ele não fosse lá o fã número um da idéia de ter o tal buldogue, ele daria um jeito de fazê-la sorrir.
E foi numa noite fria que ele fez uma surpresa para sua menina, dentro de uma sacola de papel no banco da frente, ele colocou um pequeno ser (daqueles que conseguem arrancar suspiros de quem o vê), lógico que, desastrada do jeito que era, a menina quase sentou em cima do pacote e não viu que lá dentro estava uma das coisas mais pequenas desse mundo. Lá estava o Billy, não, não era o sonhado buldogue, mas era o filhote que eles adotaram como filho, um lhasa com seus pêlos fofos e claros e que, eventualmente, os deixa loucos com a bagunça que faz.
Depois de um tempinho (que ela não sabe precisar quanto), numa outra noite fria, noite essa que o seu amor foi se perder entre coisas antigas e velhas que estavam amontoados no armário dele, ela recebe outra surpresa. Um bichinho de pelúcia lindo, mas não daqueles que são comprados às pressas na lojinha de esquina perto do shopping, sabe?
E sim um que cresceu com ele, que tinha o cheiro das coisas gostosas de infância, que tinha cheiro de infância feliz e sentida. Naquela noite, ele não só arrancou um sorriso e um suspiro de sua garota, mas arrancou um beijo, um 'muito obrigada', um abraço e deu para ela, de uma forma bem mais bonita que ela pensava, o tão sonhado Rocco.

***

"Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor"

***

PS: Sem muito tempo para atualizar. Sem muito tempo para palavras longas, infelizmente...
Por isso, resolvi tentar o tal twitter, lá posso voltar a escrever linhas curtas e poucas, mas muito, muito sinceras... talvez como os meus antigos posts curtos e direto, sintéticos e profundos, lembra Sr. André Martin?

terça-feira, 10 de março de 2009

Do amor incondicional



Ainda que não existisse mais nada nesse mundo, haveria o Amor. E mesmo se tudo existisse e por mais importante que esse 'tudo' fosse, de nada valeria se não existisse o Amor. E é nesse Amor que eu creio, é para esse Amor que eu vivo, foi esse Amor que me escolheu muito antes de eu o escolher. Um Amor puro. Bonito. Singelo. Um Amor que luta por mim. Que sorri para mim. Que pula de alegria porque eu existo, que dança comigo, que me ensina mesmo quando eu não quero, que me levanta do chão quando eu, pela milésima vez, erro e bato cabeça na parede. Esse Amor é tão profundo que nada nesse ou em qualquer outro mundo se compara. Nada é mais importante daquilo que o Amor sente por mim. E eu amo esse Amor. Eu quero. Anseio. Necessito. Sempre e sempre mais.
Esse Amor me acalma durante a tempestade, me alegra na dificuldade, me embala no colo como um pai amoroso e eu, filha teimosa e por vezes ingrata, tendo a achar que não mereço o Amor. Mas o Amor me lembra que eu existo porque Ele quer, que Ele me mantém aqui porque tem planos maiores e melhores para mim. E não adianta explicar o milagre do Amor. Porque, como dizem, 'milagre não se explica, se vive'. E eu vivo um milagre novo diariamente. Eu tenho esse Amor do meu lado para a eternidade. E eu sei que o Amor é de verdade.

"Deus é amor"
(I João 4:8)

Escrito no dia 16/05/2008

sábado, 7 de março de 2009

Simples assim... ou não?



***

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa...
(Lenine - "É o que me interessa")

***

há de se ter
um jeito
um meio
para
se criar
laços
bem dados
entre nós
entrelaçados...

***

PS: Outros olhares.
Lenine.
Palavras minhas:
soltas, sentidas, doidas, doídas.

terça-feira, 3 de março de 2009

Confissões - parte 3


De como nos conquistamos...

Eu, definitivamente, não queria me envolver. Nem com ele ou com qualquer outro alguém (pelo menos, não tão cedo). A história dele também não era lá das mais simples, afinal ele era muito intenso e emendava um relacionamento-tenso atrás do outro, ele tinha pressa, a pressa de quem quer amar e ser amado, mesmo que não dê certo. Minha história não era menos ou mais in-tensa que a dele, mas era tão bela e sentida-sincera quanto, nós éramos distintos, opostos, dispostos, tão-não iguais, não-tão diferentes e por aí vai, coisas da vida...

Eu era uma menina bobinha que nunca tinha namorado ninguém antes, mas não era por isso que eu não sabia o que era o amor, o que era olhar para alguém e sentir atração. Eu apenas não queria quebrar a cara, não naquela época, não com meu melhor amigo, não com ele. Mas as histórias dele me cativavam, o olhar bobo-belo e o par de esmeralda que ele tem como olhos me deixavam louca. Ele era mesmo um cara especial, cheio de segredos, cheio de charme (um quê irresistível de timidez misturado com sinceridade extrema: daquela que te faz tremer nas bases, verdade latente, pulsante e extrema, cara-a-cara, ou é ou não é).

Ele me conquistou lá. Lá naquela época. E eu o conquistei. O conquistei exatamente do jeito que sou. Somos um para o outro imperfeitos mesmo. Não queremos ser a princesa e o príncipe dos livros bonitos fantasiosos que existem... Queremos ser assim mesmo. Intensos, sinceros, duas crianças, dois adultos, duas pessoas que se amam, que se merecem e por aí vai.

Desde o primeiro encontro, muita coisa já mudou. Desde o primeiro beijo, tudo mudou. Eu não tenho mais medo de me entregar a ele, mas, admito, sinto borboletas no estômago sempre que ele chega depois de três dias de viagem em casa. Desde a primeira briga, muito aconteceu. Nós choramos, nós, discutimos, nós nos amamos, nos reconhecemos em meio a palavras ao pé do ouvido, nós nos entregamos de corpo, alma, unha e carne um ao outro. Desde a primeira noite juntos, desde o dia em que disse sim para ele, desde o dia em que nos entrelaçamos e nos amarramos definitivamente, tudo aconteceu. Hoje ele me conquista diariamente, não é um conto de fadas, sei disso. Não é o que pensei, não é o que sonhei... é mais, muito mais. Mais do que pedi, sonhei e almejei. Somos e estamos. E não basta... queremos e (nos) conquistaremos sempre mais.

***

E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta, Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta, E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...
(Fernando Pessoa)

***

Na foto: Olhares. Ele bobo e eu babona, rs. No nosso dia, grande dia.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

(Relembrar é viver...)



A idéia veio da Liana Vidigal, professora, flamenguista, mãe do Arthur (que puxou o pai e é são-paulino), amiga e logo mais colega de profissão: "Uma dica: que tal contar para a gente as alegrias e percalços de uma 'quase-formada'"...

Pois sim, resolvi aceitar a dica. Afinal, os últimos meses foram muito agitados, estressantes, animados, alegres, cansativos e devem render uma boa história. O último ano foi bem melhor do que pensava e muito mais exaustivo também. No entanto, o saldo final é positivo e muito gratificante.

Nos primeiros meses de 2007, dois professores já nos esperavam na sala com a seguinte pergunta: "Qual a idéia para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)? Qual o grupo?". E a resposta da maioria era quase sempre a mesma: "Ah, tivemos uma idéia disso, daquilo. Mas nada certo, não sabemos ainda".
Pergunta difícil, resposta (quase) impossível.
Um dos professores era o já conhecido Fábio Cardoso, amigo desde o primeiro ano, mestre que me inspirou a querer ler e escrever sempre um pouco mais. Ele também foi aquele que acreditou na minha palavra quando um certo cara copiou um trabalho meu (mas essa é uma história para outro dia).
O outro professor era o desconhecido Chico Bicudo. Exemplo claro daqueles que conhecemos por ouvir falar, mas nunca ter de fato conversado. Para muitos, inclusive para o Profº Fábio, ele era "o" cara. E eu morria de vontade de ter aula com ele.
Pronto, ótima junção. Teria que aproveitar cada instante. E me esforçar para fazer um bom trabalho. Mas que trabalho? Ainda não tinha grupo, tema ou professor.

Numa certa manhã, eu e mais três pessoas completamente diferentes de mim (amigos de quatro longos anos, todavia com personalidades distintas) nos reunimos e resolvemos que escreveríamos um perfil, texto mais leve e ao mesmo tempo bem detalhado e apurado. Quem seria o perfilado? Cora Coralina, Dias Gomes ou Inezita Barroso? Fechamos com Inezita Barroso, até então para mim uma ilustre desconhecida. Decidimos, também, que o professor-orientador do TCC seria o Chico.

Muito aconteceu nos meses seguintes. Entrevistas, visitas ao Centro Cultural, à Biblioteca da Universidade Anhembi Morumbi, às gravações do "Viola, minha viola" no Teatro Franco Zampari. Não foi fácil, admito. Câmara Cascudo, Tom Wolfe, Joseph Mitchel, artigos e afins. Não que não tenha gostado, aliás amei cada palavra. No entanto, foi difícil conciliar tudo isso, todas informações, os receios e as tristezas do caminho.
Sem contar que eu e os outros integrantes do grupo tínhamos grandes diferenças que ao passar do tempo ficaram mais visíveis. Um escreve assim, outro assado, um é póetico, outro é direto. A amizade que existia entre nós, porém, se intensificou. Foi bom poder ter dividido com eles esses momentos.

Toda semana, nas orientações, apresentávamos algo novo. Novos entrevistados, novas idéias, novos medos e novas maneiras de sentir o que estava acontecendo. Contar com o apoio do Chico, orientador e amigo, foi essencial (mesmo quando, para descontrair, ele falava do Santos).
Hoje é bom ver trabalho finalizado, cheio de cores, de fotos, palavras, pensamentos e sentimentos. É bacana sentir que o texto "Frankstein" (escrito por oito mãos diferentes) ficou bem costurado e que o fim está próximo. E o fim? "É belo incerto, depende de como você vê".

Não sei ao certo o que o futuro me reserva, quais serão as próximas etapas e os novos obstáculos. O que sei é que saio de lá com a sensação de dever cumprido, apesar dos pesares e com o "pesar dos apesares".
Ainda não ouvimos o "aprovados", mas faltam algumas semanas ainda e espero que a palavra que vai sair da banca não seja outra.

Feliz por ter feito a escolha certa, por ter aproveitado os quatro anos de faculdade, mesmo que vez em quando sinta que poderia ter ido melhor. Feliz porque no trabalho tive a liberdade de escrever daquele meu jeito meio poético, cheio de detalhes. Por ter tirado muitas fotos e ver a maioria na matéria concluída. Feliz por ter conhecido Inezita Barroso, Assis Ângelo, Rivaldo Curulli, Pena Branca. Porque aprendi a respeitar a Cultura Brasileira de uma maneira bem mais profunda. Bem mais bonita. Mais sentida.
Feliz por ser feliz...

Originalmente postado no dia 05/11/2007
(Na época, como todos podem perceber, eu ainda era uma querida-sonhadora-aspirante-jornalista...)

***

Só pensando:
Não sei se é porque hoje foi um dia muito complicado no trabalho, mas resolvi (re)lembrar de como vim parar aqui, nessa vida doida de comunicação, de jornalistas, de produtores e inventores, de loucos e sábios; de gente que fez faculdade e acha que é melhor que o outro por causa disso, de pessoas que aprenderam na marra, na arte da vida, com a prática...
A vida é assim mesmo. Cheia de altos e baixos, hoje tenho que ser melhor e maior do que tudo que já fui e, sinceramente, às vezes parece que é mais difícil do que realmente é. Mas, deixe estar. Ainda há muito o que aprender, ainda há muito o que escrever, editar, revisar, fotografar, coordenar, pirar, surtar, analisar, brigar, gritar, admirar... e viver.

***

"TV é um cachaça brava, tem que gostar muito, muito, muito de fazer, porque não paga bem, não é gostoso e... bom, eu sou um cachaceiro... topa ser também?"
(Frase dita por um dos meus supervisores no meu primeiro dia de serviço, há exatamente três anos e oito meses)

***

"Viver e não ter a vergonha de ser feliz..."
(Gonzaguinha)

***

PS: E sim. Meu TCC foi sobre Inezita e sua viola...
Ah, o Jornalismo Cultural. Paixão para sempre e até quando...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

No final, afinal. Há final?


Onde é que está a beleza
e a simplicidade?
Não quero mais versar
sobre o que é ou o que foi
Hoje não quero objetividade
Quero a subjetividade
e, talvez, a obscuridade
das coisas
O que será que será
de tudo isso
no final, afinal
Aliás...
Há final?

PS: "O fim é belo. Incerto. Depende... de como você vê. O novo. O credo. A fé que você deposita em você e só... só enquanto eu respirar vou me lembrar de você."

(F.Anitelli - Anjo Mais Velho - para meus dias ruins, bons, belos, feios, sentidos e sinceros... ao pé do ouvido, ao pé da letra, entrelinhas)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

De uma bela menina...


A Ana Beatriz que me abordou ontem não era loirinha com cachos e nem tinha os olhos esverdeados, a Ana Beatriz que, praticamente, pulou no meu colo e me assustou com sua voz alta, é uma menininha linda de quatro anos, muita curiosidade, muita inteligência e dona de lindos cabelos lisos e ruivos.
A Ana Beatriz queria saber quem eu era, qual era o meu nome, quem estava no carro me esperando, ela "já sabia" que eu queria ter uma filha com o mesmo nome que o dela, ela queria saber para que raios funcionava aquele crachá no meu pescoço e, quando escutou que era para trabalhar, ela quis porque quis saber o que eu fazia nessa minha vida. A resposta escancarou um sorrisão e a pergunta a seguir também.
"Você sabe o que é ou faz um jornalista, Ana Beatriz?"
"Claaaaro que eu sei, então na novela... a... a... a... 'A Favorita' tinha um, é igual o Zé Bob."
Não quis destruir os sonhos da menina tão cedo e sorri, falei que era isso mesmo.
Ana Beatriz, espalhafatosa que estava na hora, quase derrubou toda a vitrine de óculos atrás dela, estava tão empolgada comigo: a estranha (des)conhecida.
A Ana Beatriz que alegrou o restinho do meu dia só ficou comigo durante quatro minutos, mas aí teve que ir correndo de volta para os braços do pai (que estava trabalhando ao lado). Ela sorriu, me deu tchau e correu.
Pensar que quando for a minha Ana Beatriz daqui a alguns anos... vou ter mil-e-um motivos pra sorrir diariamente.

PS: Texto escrito no dia 22/01/09!
PSII: Instinto materno em ação? Essa noite sonhei com uma menina linda, de olhos clarinhos e gostosa... Ana Beatriz? Daqui a alguns anos... ou não?
PSIII: Ah, a menina da foto é a Manuella, sobrinha linda abraçando o tio TiagoGordoBabão... :)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Das minhas mentiras e verdades - parte 2!

A Revelação!

Pois é, caros!
Demorei para voltar aqui. Ah, outra coisa que bem sei que poderia colocar aqui sobre mim é que sou desorganizada e que, simplesmente, às vezes não consigo dividir muito bem tempo.

Mas lá vai:

1) Corinthiana? Eca! Nunca, nunca, nunca!
Sou são-paulina desde pequena. Daquelas de ficar rouca, de gritar, chorar, ir no Morumbi e tudo o mais! :)

2) Sim, adorava a idéia de ser médica legista! Vai entender, não é? Mas já sonhei com tanta coisa, tanta que nem sei mais!

3) Conheci meu maridão na TV. Tudo começou numa história muito doida, mas já basta explicar que eu era a estagiária-perdida-desastrada e ele era o operador de áudio que se achava (rs!). Fazer o quê? "Os opostos se distraem, os dispostos se atraem".

4) Como disse Júlio Melo, a história do Maracanã é antiga, rs! Encontrei mesmo 90 reais e foi essa grana que me sustentou durante minhas férias no Rio de Janeiro!

5) Adoro as garotas Gilmore e a Rory me inspirou a ler, a amar o jornalismo e a amar a idéia de ser correspondente internacional, rs!

6) Sim, sou carioca. Mas só porque nasci lá mesmo, rs. Sou paulistana de corpo, alma e coração! ;)

7) No, thanks. Tenho cabelos castanhos e pinto o cabelo de vermelho!

8) Então... hahahaha... perdi as contas! E coloquei uma mentirinha a mais:
ODEIO beterraba!

9) Três irmãos de sangue... e muitos de coração e alma!

PS: Fiquei MUITO feliz em ver o Júlio por aqui!

PSII: Bibi e Carlos, parabéns! Mirian, quase lá bruxinha, rs!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Das minhas mentiras e verdades...

Tudo começou quando Júlio Melo indicou meu blog para a Senhora Bruxa dar uma olhada e aí ela e todos seus companheiros de caldeirão resolveram olhar no buraco da fechadura e 'me descobriram'...
Algum tempo passou, muito aconteceu! Júlio sumiu. Eu casei. Mirian Martin, a 'senhora bruxa'da história, trocou de endereço e a troca de palavras continua e, espero, continuará por um bom tempo...

Bom, vamos dar um basta nesse nariz de cera e ir direto ao assunto, vamos?

Fui desafiada por Mirian a contar nove coisas sobre mim e entre elas três coisinhas devem ser mentiras e as outras, lógico, verdades verdadeiras... :)

A idéia é passar para mais nove pessoas, mas meus contatos na blogosfera são pouquíssimos, hahaha! Por isso, deixo estar. Quem quiser, que tente me desvendar. Ou não!

Lá vai:

1) Sou corinthiana desde pequena.

2) Já pensei em ser médica legista.

3) Conheci meu marido na empresa onde trabalhamos.

4) Já achei noventa reais em pleno Maracanã.

5) Adoro aquele seriado "Gilmore Girls" e de tanto a tal da Rory falar na Christiane Amanpour, teve uma época em que queria ser correspondente internacional!

6) Sou carioca.

7) Sou loira, mas pinto o cabelo de castanho escuro.

8) Amo beterraba!

9) Tenho cinco irmãos.

Boa noite, boa sorte!

PS: Conto minhas reais verdades e mentiras depois...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ruas que se cruzam, vidas que se encontram...

E foi naquele instante que tudo mudou...

No cruzamento de uma rua e uma avenida qualquer, um esbarrão mudou o rumo de duas vidas.
- "Desculpa, foi sem querer... hã, perdão..."
- "Tudo bem, tudo bem. Era só o trabalho de uma semana inteira de madrugadas sem dormir.
Imagine, vai ser fácil, super fácil fazer tudo isso de novo. Meu Deus!"
- "É, desculpa moça. Eu, eu... é... não sei nem o quê dizer"
- "Calma, moço. Fique tranquilo, você só acaba de destruir minha vida e meu dia, nada que eu não resolva na próxima semana"
E foi depois dessa 'educada' frase que eles se ergueram e seus olhos se viram pela primeira vez. Mas, na verdade, não parecia a primeira. Ela já conhecia aquele olhar triste de algum lugar (quem sabe dos sonhos) e ele já tinha visto um olhar desconcertante igual ao dela.
Sorriram.
- "Qual é o seu nome?".
Ambos perguntaram. Mais sorrisos.
- "Sofia"
- "Pedro"
Eles não sabiam mas, de alguma forma, a vida deles jamais seria a mesma.
O semáforo parecia não abrir nunca e, pela primeira vez, isso foi uma glória. Aqueles foram os minutos mais felizes que os dois tiveram nos últimos anos (quiçá os minutos mais belos da vida inteira).
Os olhares eram tão intensos, as palavras eram tão puras e o aperto de mão de "adeus, foi um prazer" foi o mais sentido possível.
A rotina se repetiu durante vários meses (agora, sem esbarrões) e eles sempre faziam questão de se encontrar no mesmo cruzamento (menos às quartas, folga de Pedro). Valorizavam aqueles minutos do semáforo como nunca.
Até que um dia (e que belo dia) ele a convidou para sair. Nem Sofia sabe ao certo como isso aconteceu, mas a resposta foi imediata. "Sim". Parecia até que ela esperava por esse momento há séculos.
O primeiro encontro foi simples. Um cinema. No filme, uma frase que ficaria no pensamento dela para sempre. "Nunca houve corações tão abertos, gostos tão parecidos, sentimentos tão afinados...".
Depois dessa noite, a vida deles estaria ligada de uma forma mais intensa. Como um pacto. Um do lado do outro. Pra tudo. Sempre e pra sempre.
E os encontros no semáforo nunca acabaram, só que agora eles iam juntos até lá e tinham o mesmo destino.
Afinal, Sofia e Pedro sempre se pertenceram. Só não sabiam disso.

PS: Hello, stranger! ;)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Como é bom sonhar...


Estar perto de alguém todo santo dia, acordar do ladinho daquele que te escolheu para ser o par perfeito dele para sempre, estar a par da vida inteira desse alguém especial, ganhar (e dar) beijos e abraços em quem você quer muitíssimo bem e deseja ter sempre ao lado é quase como um conto de fadas.Mas a vida real não é lá essa fantasia.
Estar perto de alguém todo santo dia é, sim, acordar ao lado daquele alguém querido e especial e ver que não, ele não é perfeito e que os traços do rosto dele amassados (por conta daquela fronha cheia de detalhes e flores) foram desenhados com perfeição. Decidir escolher dividir uma vida com alguém é um grande passo, mas passo maior ainda é conseguir superar as pequenas diferenças e lembrar diariamente do voto que ambos fizeram um ao outro, a Deus e a todos aqueles que os querem bem: se amar e respeitar incondicionalmente... Estar perto de alguém não basta. E nem sempre precisamos só de amor e doses homeopáticas de romantismo. Bom mesmo é estar perto de alguém, amar esse certo alguém, respeitar, ser amado, ser paparicado, levar bronca, dividir segredos e outras mil coisas, quebrar regras e inventar algumas só para vocês, brincar, ser feliz, se completar, compartilhar a mesma fé, se descobrir, se revelar, se desvendar, sair sem rumo ou prumo e viver mil aventuras... juntos.


PS: 'Tá vendo aquilo? É infinito. Assim é meu amor por você'.
(Palavras dele para mim... Que fique assim prometido, então!).

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Da minha origem...

O Rio de Janeiro, dizem, continua lindo, contudo, para mim, ele nem está tão mais lindo assim. Mas é nessa terra quente que as pessoas mais lindas do (meu) mundo se encontram. Cada um com seu jeito e papel de importância na minha vida, doce vida.
Os lindos desse meu mundo não estão na mesma casa ou no mesmo bairro, mas estão eternamente guardados dentro do meu coração...

A viagem começou cedo, bem cedo. Minha cara amassada, meu travesseiro com fronha com detalhes que parecem um jornal, meu cabelo bagunçado e amarrado e meu bom-mau humor matutino habitual denunciavam. Ainda estava escuro, o sol não havia nascido, mas eu até diria, se isso não soasse tão pateticamente alegre, que meu olhar brilhante e esperançoso seria capaz de iluminar um caminho todo.
Parada ali, parada aqui, pão de queijo e toddy, meu estômago nunca foi lá muito fresco, mas não é bom abusar. Volto para o carro e deito, me cubro com meu lençol gigantesco e durmo. Sonho com aquilo que já aconteceu, que não aconteceu e que ainda aconteceria e me deixaria com a impressão de que 'já havia vivido isso antes'.

Algumas horas depois, acordo com buzinas de ônibus, céu cinza e chuva. "Mas, oras, já voltamos para Sampa, terra da garoa?" - penso. Olho com atenção, observo as cores dos ônibus, as pessoas com regatas e havaianas e realizo que não, não estamos em São Paulo e sim só numa parte diferente do Rio de Janeiro, longe de Ipanema e de suas loiras com curvas belas, num dia atípico de chuva, mas, ainda assim, muito calor.
Vejo onde nasci, ligo para meu menino-amor que está em casa me esperando com saudade já, conto que tenho a nítida sensação de já ter passado ali antes e sou interrompida pela frase: "Sarinha, minha filha, você nasceu por aqui". Talvez eu conhecesse aquele lugar mesmo. Dos meus sonhos, do útero, das lembranças que nem eu sabia que tinha ainda. Minutinhos depois chegamos em uma das muitas casas que nos serviriam de ponto de encontro, cenário para histórias e lembranças mil.

Hora do almoço, hora de comer arroz, purê, carne assada e salada... Ah, a salada. Chicória, tomate e cebola nunca foram tão gostosos juntos, talvez o segredo seja o tempero da Vó Thereza: água com sal e limão, depois alho amassado, depois azeite e, quem sabe, mais um pouquinho de limão... por que não?
Depois do banquete regado a suco de maracujá, coca-cola e rivalidade entre Flamengo e Vasco, é hora de partir, re-conhecer outras histórias e pessoas, queridas pessoas.

Avenida grande e fácil de se perder, o ponto de referência é a praça. "Ah, aquela que passamos há dez minutos atrás???". Que coisa! Onde será que estaria o retorno mesmo? Depois de uma volta pela praça, pela avenida e pelo trânsito do Rio e de alguns motoristas nem sempre muito bons, nos deparamos com mãos acenando para nosso carro: chegamos!
Reconheço a casinha meio amarela na esquina e lembro das férias que passei lá, dos primos, dos tios, da piscina de plástico, das flores, do quintal, do cheiro e de tantas outras coisas. Aquela casa continuava lá, mas era em outra que eu passaria a tarde. Quase do lado da casa amarela, estava a casa "71-fundos" e foi lá que aconteceu um dos encontros mais emocionantes dessa minha trajetória carioca.

Tia, primas, tios e a minha linda índia... Vó Mara. Há tanto tempo que não a via, abraçava, sentia, cheirava e dizia bem no ouvido dela que eu a amava e que não importava o quão longe eu estivesse, o sentimento seria eterno.
Os cabelos da Dona Amara continuam pretos, bem pretos, fortes e lisos. Os 78 anos vida, seis derrames, oito filhos, incontáveis netos e bisnetos e tantos percalços dessa vida a deixaram um pouco mais magra, um tantinho mais cansada, menos sorridente, mas muito atenta a tudo e todos. É emocionante ver como ela lembra de nós, mesmo que não consiga expressar isso com muitas palavras, o olhar dela diz tudo e as lágrimas que rolam por aquela face bonita e sentida simbolizam tudo o que é ser família.

As mãos fortes dela me impressionam, as mesmas mãos que me davam pirão quando eu era pequena, os dedos longos me fazem lembrar de como ela era quando eu e ela éramos mais novas e não havia a distância física entre nós.
Me despeço com lágrimas nos olhos e voz embargada, quase não tirei foto, tal momento não conseguiria ser melhor registrado do que pelo meu próprio coração.

As ruas de Bento Ribeiro abrigam crianças na calçada, pipas no céu e muitos sonhos. Um pedido: Deus abençoe a minha família. Seguimos pelas ruas e quebra-molas do Rio e vamos nos perder em outros braços e lembrar dos laços criados. De sangue, de afeto, de amor, de coração. Isaac, Daniel, Rebeca, Talita, Ana, Lucas e eu. Tantas gerações unidas numa tarde simples de calor.
Depois de lanches, risadas, abraços, fotos, comprinhas básicas, chegou a hora de ir embora...
"Entregamos" todas as crianças nos devidos lares e compartilhamos mais histórias, mais coisinhas pequenas e singelas que fazem toda a diferença...

PS: Dia especial, feliz e muitíssimo belo!
PSII: Sr. André Martin, muito obrigada pelos comentários e, pode deixar, estou de volta! ;)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Diário escancarado...



Revelação.

As palavras que agradam são seguidas por palavras cortantes. Nada demais, apenas rotina, parte da trilha, dessa sina que me (per)segue, que me corta, que me alegra, que sufoca, que... Tantas dúvidas, tantas perguntas, mil e uma respostas e soluções... será?

Faz-fez-fará parte do meu dia.

Alfajor, chocolate, doce de leite, suspiro. Milla, Billy, Mallu. Nervosismo. Sentimento triste num coração apertado. Coração que tem muito do que se alegrar, mas insiste em chorar, chorar e... E o que será que será que vai acontecer?

Segunda parte do dia. Segundo capítulo. Segundo ato.

Caminhar. O centro de Sampa nunca pareceu estar tão cinza, tão triste e sem cor. Ou será que a cidade que não pára estava sendo um reflexo desse meu dia insípido e incolor? Não foi um dia de sol e a chuva desceu com muita intensidade. Choveu, choveu, valei-me... um dia de chuva sem sol antes... não há arco-íris para colorir o céu e o meu sorriso... e agora, José?

Toda tristeza tem um fim...

Caminho. Caminho cheio de paralelepípedos... cheio de personagens inusitadas... cheia de obstáculos (e a caixa de alfajor não pode cair no chão, não, não pode!) e o meu salto alto não ajuda muito... prefiro os pés no chão, ou, então, mais próximos dele.
Do lado direito, um portão conhecido, quem sabe lá poderia encontrar alguém para compartilhar essas coisinhas chatas dessa rotinha minha. Mas chego lá e... no que é que vai dar?

C'est Fini.

Vai, minha tristeza. Vá, vá. Pra bem longe. Com tristeza não dá. Não dá para aproveitar tudo aquilo que ainda viverei. Quem me mostra isso? Um sorriso de uma criança. Tão bonito aquele menino. Tão sincero e sentido o abraço dele... a risada... a esperança que ele me passou.
Aí no final do dia a gente vê que são mesmo as coisas simples dessa vida que são uma delícia...
E eu estou cercada delas... Hora de aproveitar?

PS: Hora de comer alfajor. De ser corajosa. De me inspirar. Procurar motivos para sorrir e reconhecer os que já tenho...